Sediado em Palmas, projeto terá foco em agrotecnologia, biotecnologia e tecnologia alimentar
Por Samuel Cunha
O financiamento para o PEQUI – Parque de Empreendedorismo, Qualidade Socioambiental e Inovação Tecnológica da UFT foi aprovado. A estimativa é que o empreedimento ocupe uma área de 1,3 mil metros quadrados, no Câmpus de Palmas, conforme informou o professor Silon Procath, diretor de Ambientes de Inovação e Empreendedorismo da Agência de Inovação da UFT (Inovato).
Acompanhe a entrevista de Silon Procath
Em entrevista cedida para o Calangopress, o professor Silon Procath, diretor de Ambientes de Inovação e Empreendedorismo da Agência de Inovação da UFT (Inovato), informou que o projeto inicialmente será voltado para atuar no segmento agrotecnológico tocantinense.

Conforme a proposta do projeto, o Parque tem o objetivo de reduzir as desigualdades econômicas, sociais e tecnológicas do Tocantins em relação a outras regiões do país, como o Sul e o Sudeste.
O parque atuará nas áreas de agrotecnologia, biotecnologia e tecnologia alimentar, também prevê a construção de um prédio de referência, inspirado nos principais parques tecnológicos nacionais e internacionais, com o objetivo de atrair empresas âncoras, startups e fortalecer a interação entre universidade, empresas e sociedade.
Função dos Parques no Brasil
Para estimular o desenvolvimento tecnológico e reduzir as desigualdades regionais, um investimento no valor de R$ 100 milhões vai apoiar a implantação ou operação de parques tecnológicos em nove estados do Brasil, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste.
Os R$ 100 milhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) não-reembolsáveis, ou seja, aqueles também conhecido como fundo perdido ou subvenção econômica, um recurso financeiro que não precisa ser devolvido pelo beneficiário após a execução de um projeto.
Os reursos serão aplicados em 17 parques tecnológicos distribuídos por nove estados: Amazonas (4), Tocantins (2), Amapá (1) e Rondônia (1), na Região Norte; Sergipe (3), Alagoas (2) e Maranhão (2), no Nordeste; Mato Grosso (1), no Centro-Oeste; e Espírito Santo (1), no Sudeste. (veja a lista de instituições abaixo).
Com o financiamento à implantação ou operação de parques tecnológicos, Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI) e Finep buscam fomentar o desenvolvimento tecnológico local e regional, aumentar a competitividade e a promoção de ecossistemas de Inovação e da sociedade do conhecimento.
O investimento nesses ecossistemas de inovação se reflete no desenvolvimento econômico regional, na geração de novas patentes, na abertura de novas empresas e em oportunidades de trabalho, tanto para recém-formados quando para profissionais qualificados.
Os Parques tecnológicos têm se consolidado como elementos essenciais para impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias, o que leva ao aumento da competitividade regional e também nacional.
No Brasil, alguns parques tecnológicos de universidades que se destacam pela sua atuação e sucesso são o Porto Digital, em Recife, o Tecnopuc em Porto Alegre, o Sapiens Parque em Florianópolis e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), que tem parceria com a UFMG. Estes parques desempenham um papel fundamental na interação entre a academia e a indústria, promovendo a inovação e o desenvolvimento regional.
Parques Tecnológicos de Universidade de Sucesso no Brasil:
- Porto Digital (PE): Um dos principais parques tecnológicos do país, conhecido por sua atuação em tecnologia da informação e comunicação.
- Tecnopuc (RS): O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS, considerado o melhor parque científico e tecnológico do Brasil, com foco em diversas áreas.
- Sapiens Parque (SC): Um parque tecnológico que atua em diversas áreas, como biotecnologia, energia e inovação social.
- BH-TEC (MG): O Parque Tecnológico de Belo Horizonte, com parceria com a UFMG, que busca conectar a ciência acadêmica com a produção empresarial.
- Parque Tecnológico da USP: É um dos parques tecnológicos mais antigos do Brasil, e tem destaque em rankings globais de incubadoras de startups.
- Parque de Inovação Tecnológica (São José dos Campos): Outro polo tecnológico relevante no estado de São Paulo.
- Fundação UNICAMP (Campinas): Uma organização que apoia a inovação e o desenvolvimento de tecnologias a partir da universidade.
- Parque Tecnológico de San Pedro Valley (Belo Horizonte): A primeira comunidade para startups de tecnologia no Brasil.
- Parque Tecnológico da UFRJ: O parque tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tem impulsionado a interação entre academia e indústria.
- Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (Belém): Um parque tecnológico localizado na região Norte do Brasil.
Estes parques tecnológicos, além de promoverem a interação entre a academia e a indústria, também têm um papel importante no desenvolvimento regional, gerando empregos, atraindo investimentos e impulsionando a inovação.
Critérios
Lançada em outubro de 2024, a chamada pública tem por objetivo apoiar a implantação ou operação de Parques Tecnológicos em estados que não haviam sido contemplados em um edital anterior, de 2021. O edital recebeu o total de 25 propostas, provenientes de 9 estados, tendo 17 delas sido habilitadas.
Para aceitar a proposta, a Finep analisou critérios como a contribuição para o desenvolvimento local, a vinculação ao Plano de Inovação da região e parcerias com universidades, empresas e outros hubs de inovação. O valor solicitado por cada proposta foi estabelecido entre R$ 4 milhões e R$ 15 milhões.
De acordo com a plataforma Inovalink, atualmente, existem 64 parques tecnológicos em operação no país, 42 sendo implantados e sete ainda em fase de planejamento. A plataforma é uma parceria entre o MCTI, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

Divulgação Finep
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