Instituições estaduais como o Naturatins e os Juris em segunda instância são responsáveis pelo sofrimento de um dos mais importantes recursos hídricos do Estado
Por Ary Júnior
Maria de Fátima Caracristi
Empresários do agronegócio no Tocantins tem promovido crimes ambientais impunimente nas bacias dos rios Formoso do Araguaia, conforme atestam os responsáveis pela ação pública que tramita desde 2016 movida pelo Ministério Público Estadual visando conter o avanço deste desastre ambiental.
O principal dano decorre das fazendas dos agropecuaristas que mantém bombas de captação de água com capacidade de retirar a mesma quantidade de água que abastece Palmas, para irrigar as grandes extensões de terras agricultáveis na região do rio Formoso do Araguaia.
Para tratar sobre esse sério problema de barramentos sem autorização, roubo de água pelas bombas que operam sem autorização, poluição das águas pelos agrotóxicos nas bacias dos rios do Tocantins, o Centro de Direitos Humanos de Cristalândia (CDHC) realizou no dia 6 de maio, quinta-feira às 19h30, uma videoconferência com o Promotor de Justiça, Francisco José Pinheiro Brandes Júnior e o Assessor Jurídico Voluntário do Centro de Direitos Humanos de Cristalândia, Silvano Lima Rezende, além de povos tradicionais que residem na localidade e a coordenadora do CDHC Leonette Mesquita.
“A morosidade do judiciário, a corrupção pública e privada e a omissão dos órgãos ambientais são os responsáveis pelos impactos sofridos pela bacia do rio Formoso”, explica Brandes.

Imagem das áreas assoreadas ao longo da bacia do rio Formoso
As represas privadas localizadas nos rios Araguaia, Formoso e Javaés são movidas por bombas de captação das águas e trabalham diuturnamente para encher os canais de irrigação dos fazendeiros locais. “Não são só as bombas tem também a contaminação das águas que tem gerado peixes com mutações”, informou a engenheira ambiental que presta serviço para o município de Araguacema, Nadila Gonçalves”.
O assessor jurídico, Silvano Rezende acredita que o assoreamento no rio Formoso é nítido e que há interesses envolvidos dificultando o monitoramento e a fiscalização. “A sociedade precisa se inteirar da situação, as outorgas de uso de água são concedidas mesmo quando há laudos técnicos que apontam que não são convenientes, que podem causar diminuição significativa da fauna e da flora para alimentação da população ribeirinha”.
Vamos ouvir a entrevista realizada com o Assessor Jurídico do CDH, Silvano Rezende.







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