Por Marcos Arrais
Acompanhe a entrevista com a professora Zaira Nascimento de Oliveira
Vamos falar sobre inclusão na educação e no direito à moradia? É o convite de Michele Veras, Pessoa com Deficiência (PcD), com baixa visão e TEA, que concluiu o curso de Direito, em agosto deste o ano, na Universidade Federal do Tocantins (UFT).
O debate sobre o tema será online e vai acontecer amanhã, quinta-feira, dia 6.
Dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) mostram que o número de estudantes com deficiência no ensino superior em 2022 aumentou significativamente, chegando a 92.756 em 2023.
Uma universidade de qualidade, diversa e numa perspectiva anticapacitista, é o que a professora Zaira Nascimento de Oliveira, com especialização em Educação especial e Coordenadora do Projeto de Extensão em três escolas públicas do Distrito Federal diz defender, especialmente na Universidade Federal do Tocantins, onde trabalha.
A professora Zaira é mãe da atleta paralímpica Jade Lanai, tenista em cadeira de rodas de destaque internacional. Zaira esteve recentemente representando a UFT no seminário da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) no dia 22 de outubro, em Brasília.
O seminário “Inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência nas instituições de educação superior” discutiu os avanços, desafios e perspectivas das políticas de acessibilidade nas universidades federais, com destaque para o fortalecimento do Programa Incluir.
O Incluir visa garantir o acesso de pessoas com deficiência no ensino superior das universidades e institutos federais do Brasil. Uma das metas é ampliar as ações e a estrutura dos núcleos de acessibilidade e a importância da transversalidade das ações institucionais voltadas às pessoas com deficiência.
Uma das grandes dificuldades segundo Zaira “é garantir o sucesso escolar dos estudantes frente a falta de recursos”, segundo a professora, “os recursos financeiros que as instituições recebem não atendem às necessidades dos estudantes que são cada vez maiores”.
O Censo Demográfico 2022, aponta que o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 7,3% da população. Pensar uma sociedade inclusiva para esse contingente populacional é o desafio da sociedade brasileira, entre as quais a universidade pública se destaca depois das leis das cotas.
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