Últimos dias para quem quer participar do curso de agente popular do SUS

O (AgPopSUS) é um Programa que visa formar uma rede nacional de Educadores para continuar a construção de um sistema de saúde acessível à todas as pessoas

Por Carol Azevedo/Calangopress

A Formação de Agentes Educadores Populares de Saúde (AgPopSUS) é uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a Fiocruz que lançaram o Programa de Formação de Agentes Educadores e Educadoras Populares de Saúde (AgPopSUS), que vai atuar em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) nas comunidades em que vivem.

O Programa tem formado uma rede nacional de Agentes Educadores Populares, para fortalecer e continuar a construção de um SUS acessível a todas e todos, além de contribuir com o processo da participação social, que é um dos princípios fundamentais do SUS.

“É preciso levar este tema para a atenção primária à saúde, eu já senti dificuldade quando precisei atender um indígena, é preciso atingirmos a totalidade do SUS” Diego de Abreu Noleto

Para o médico Diego de Abreu Noleto, especialista em medicina da família e comunidade, responsável pelo Conselho de Saúde da 108 Sul, Unidade Dayse de Fátima, “trabalhar a equidade é muito importante”.

Na opinião de Noleto, “é preciso levar este tema para a atenção primária a saúde eu já senti dificuldade quando precisei atender um indígena, é preciso atingirmos a totalidade do SUS, nos unindo enquanto usuários, profissionais e gestores locais, para acabar com as dificuldades”.

Narubia Werreria, presidente do Instituto Indígena do Tocantins, reconhece a importância de fazer uma análise histórica do indígena no país e que é recente o direito deles à saúde. “Só em 1999, que que se reconheceu a saúde indígena com a Lei Arouca”, relembra, “a saúde desde o início da colonização vem sendo atacada, inclusive com guerras biológicas”.

A Lei nº 9836 de 23 de setembro de 1999 é chamada Arouca em homenagem ao sanitarista Sérgio Arouca,  que na constituição de 1988 considerou a saúde um direito de todos e dever do Estado.

Os agentes de saúde conhecem no cotidiano as demandas e necessidades da comunidade em que atuam no que diz respeito às condições de saúde, acesso à alimentação e à água, trabalho, renda, transporte, saneamento, atendimentos do SUS, e as condições de moradia da população em que atuam.

São esses voluntários que mobilizam e organizam a comunidade onde vivem para garantir direitos sociais, além de auxiliar nas iniciativas de combate à fome, como as hortas comunitárias e agroecológicas, sejam no campo ou na cidade, e as cozinhas solidárias.

O Programa também visa consolidar os conselhos locais de saúde para fortalecer a participação social na construção do SUS em cada um dos territórios de atuação. Cerca de 550 turmas de agentes de educação popular já foram fechadas em todos os estados e as aulas iniciaram no segundo semestre deste ano.

Os conteúdos da formação passam pela história dos agentes populares, papel dos educadores e dos agentes de educação popular, concepção de educação popular a partir da pedagogia de Paulo Freire.

Mais de 180 movimentos sociais populares se inscreveram para facilitar e coordenar o processo de formação e 11 mil agentes de educação popular serão formados até dezembro de 2025.

O Programa é uma resposta do Ministério da Saúde, ancorada na Política Nacional de Educação Popular em Saúde, em parceria com a Fiocruz, visando atender às demandas dos movimentos sociais.

São 8 turmas em todo estado, que formarão 2 agentes populares em cada uma, totalizando 16 agentes e educadores populares formados para atuar nos territórios do estado a partir da pedagogia freireana.

As turmas em processo de formação estão nos municípios de Palmas, Porto Nacional , Luzimangues e Arraias, além das comunidades quilombolas.

O AgPopSUS veio para elevar o nível do conhecimento e participação popular nos nossos territórios” Judite de Rocha

Judite da Rocha, é dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no estado e coordena uma das turmas de formação. “O AgPopSUS eleva o nível do conhecimento e participação popular nos nossos territórios, além de ampliar a possibilidade do apoio do poder público para enfrentar as dificuldades sistematizadas”.

São diversas entidades e movimentos sociais realizando o curso em todo país, e no Tocantins estão entre eles: o Movimento Estadual de Direitos Humanos e Ambientais do Tocantins (MEDH/TO), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase no Tocantins (Morhan), a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) e Casa 8 de março.

Saiba mais e inscreva-se no link abaixo.

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfeG6xIsYmWjmht0Dy6mqKZFqKkEsVcwl9V-n-LogfYcphNxg/viewform

O cursista tem a oportunidade de receber uma bolsa de R$ 800,00, a data de início: dia 7/11 /2025 às 19h, dia 8 dia todo e dia 9 até às 12h.

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

Vinculado ao Núcleo de Jornalismo (NUJOR), o Calangopress funciona como laboratório para as atividades práticas do estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi.