Da Redação do Calangopress
Todos os dias o ser humano produz o equivalente a 3.7 milhões de toneladas de lixo sólido urbano, o que equivale a 2.3 mil milhões de toneladas anuais, segundo dados da ONU, a reciclagem é até o momento, a melhor solução para diminuir o problema.
O Distrito de Taquaruçu tem sua cota de contribuição neste índice de produção de lixo, e isso é visível nas praças e ruas depois de grandes eventos como o Festival Gastronômico.
Certa disso, Dani Rosa, do Projeto Viva a Vida Taquaruçu e professora do curso de Teatro da UFT, encampou o “Recicla Taquaruçu”, principalmente porque o distrito além de turístico, o que já aumenta a produção de lixo, é escolhido para grandes eventos, caso do festival gastronômico.
A coleta seletiva de resíduos sólidos foi a saída encontrada por Dani Rosa, que há três anos se empenha para melhorar a atuação do “Recicla Taquaruçu”, projeto que busca mudar o comportamento das pessoas em relação aos resíduos que produzem.
“Temos feito há dois anos e meio a coleta seletiva no colégio Crispim, com arte, educação, palhaçaria e especificamente na Associação do Circo Cacos temos pontos de coletas, todo trabalho realizado com sensibilização ambiental”.
No Festival gastronômico o “Recicla Taquaruçu” já atua há 3 anos, realizando coleta seletivas com pessoas voluntárias, depois buscaram recursos para pagar os catadores e monitores, que são formados no próprio circo.
Os eventos que acontecem em Taquaruçu, como o Festival Gastronômico que atraem muitas pessoas, se por um lado, aquece a economia das empresas, tanto os hotéis, restaurantes e comércio em geral, por outro põe em xeque a falta de infra-estrutura básica do distrito.
“Olha o festival traz problemas em todos os serviços, desde a energia elétrica, como o abastecimento de água e deixa muito lixo. Durante o evento já faltou internet, e o pior são os resíduos recicláveis, que acabam indo para o aterro sanitário que está sobrecarregado e precisa ser revitalizado”, adverte.
A reciclagem é uma solução fundamental para o lixo, pois transforma resíduos em novos produtos, reduzindo a quantidade de lixo que vai para aterros sanitários, poupando recursos naturais e energia, e diminuindo a poluição.
Para que a reciclagem funcione, é preciso coletar e separar os materiais (coleta seletiva), que são então processados e transformados em matéria-prima para fabricar novos itens, fechando um ciclo produtivo sustentável.

Outro ponto levantado por Dani Rosa diz respeito ao trabalho dos catadores. “Um trabalho invisível, que ninguém enxerga, o movimento sempre olhou para a falta de dignidade em que são colocados esses trabalhadores, um trabalho invisível que ninguém enxerga, deles e das associações de reciclagem de Palmas”.
Junto neste projeto como entidade parceira está a Cooperan, mas a crítica da coordenadora do projeto reside no fato de que quase nada é reciclado, “num evento deste porte se recicla apenas garrafa pet e latinha, o restante todo dos resíduos não são recicláveis”.
O trabalho de educação ambiental do Projeto Recicla Taquaruçu tem o objetivo de chamar a atenção do poder público para a situação e obter parcerias, mas embora iniciado em 2023 apenas em 2025 conseguiu apoio efetivo.
O projeto também realiza o trabalho de Educação Ambiental e envolve os alunos e a comunidade das escolas, e já apresenta resultados como a coleta seletiva que ocorre toda terça e quinta na escola Crispim com a presença da Fundação Municipal do Meio Ambiente.
O problema do excesso de lixo produzido nas cidades é muito difícil de ser solucionado. As pessoas produzem diariamente cerca de 3.7 milhões de toneladas de lixo sólido urbano, o equivalente a mais de 2.3 mil milhões de toneladas anuais, no mundo, segundo dados da ONU.
O pior é que a tendência é de aumentar, atingindo o patamar de 7 milhões de toneladas até o ano de 2050, caso não haja mudanças nos hábitos de consumo e descarte.
Outro dado que também preocupa é que cerca de 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso aos serviços básicos de limpeza urbana, como coleta de lixo.
No Brasil uma em cada 11 pessoas não dispõe de coleta de lixo. Com isso, mais de 5 milhões de toneladas de resíduos sólidos deixam de ser coletadas anualmente e acabam descartadas no meio ambiente, com impactos negativos no solo, rios e na saúde da população.










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