A programação da 20ª  Semana da Diversidade continua entre reivindicações e muita festa

Com bravura, alegria, cor e entusiasmo político, coletivos e associações buscam melhorar a qualidade de vida das pessoas LGBTQIAPN+ no Tocantins

Por Itiane Ferreira

Hoje, 13 de junho, no Bloco da Reitoria da UFT, está previsto  acontecer a Etapa Norte do Projeto AMOR+. O evento trata de apresentar estudos, casos e experiências que visam promover discussões, reflexões e debates, que incidam no aprimoramento das políticas públicas de enfrentamento ao HIV/AIDS, sem estigmas e preconceitos.

O Projeto AMOR+ é um trabalho em rede no campo do advocacy, o objetivo é promover a conscientização dos poderes executivo, legislativo e judiciário; e chamar a sociedade em geral, para a necessidade de mitigação do estigma e do preconceito contra a população LGBTQIAPN+ que convive com o HIV/AIDS. 

Organizações, coletivos e diversas entidades que militam pela causa LGBTQIAPN+ e buscam obter igualdade de direitos, dignidade, saúde pública de qualidade, são cada vez mais assertivas.

“A função primeira é acolher mães, pais e pessoas que cuidam de pessoas LGBTAQIAPN+”

Melyssa Chaves

É o caso da Mãe da Resistência, um coletivo de mães, pais e familiares de pessoas LGBTQIAP+ que tem como pauta garantir  direitos, dignidade e acolhimento à comunidade LGBT, visando alcançar uma sociedade mais justa e respeitosa, e apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social.

A coordenadora estadual da ONG no Tocantins é Melyssa Chaves que também esteve à frente de mais uma audiência pública no plenário da Câmara Municipal de Palmas, para analisar os dados oficiais e o funcionamento das políticas públicas de enfrentamento ao HIV/AIDS, coletados junto aos órgãos gestores da Saúde Pública nos estados do Tocantins, Roraima e Pará.

Melyssa explica a existência da Associação Mães da Resistência, surgida em 2021, no Tocantins. “A função primeira é acolher mães, pais e pessoas que cuidam de pessoas LGBTAQIAPN+”, explicou Melissa.

A luta é pela garantia de direitos, por poder expor o carinho e o orgulho dos pais “pelos filhos, filhas, filhes para que possam viver livre e plenamente”, assegura Melyssa.

Vamos ouvi-la.

Acompanhe a entrevista com Melissa Chaves

Coletivo Batuque Livre atua em ações culturais e sociais, construindo espaços de acolhimento na capital tocantinense

Criado no Distrito de Taquaruçu, em Palmas (TO), o Bloco Batuque Livre surgiu pela necessidade de dar visibilidade e voz à população LGBTQIAPN+ durante o Carnaval. Mas o coletivo foi além da festa e se consolidou como um movimento cultural e social permanente, oferecendo espaços de acolhimento, cultura e cidadania para a comunidade LGBTQIAPN+.

Batuque Livre com Lucas Moura e Leonardo Martins

Lucas Moura, um dos fundadores do Bloco Batuque Livre, disse que o bloco foi criado para dar visibilidade à comunidade LGBTQIAPN+ durante o carnaval. “Esse bloco é justamente para que as pessoas LGBT+ possam participar do Carnaval levando visibilidade, voz e alegria para nossa comunidade”.

O movimento cresceu e alcançou novos objetivos, “não paramos, a gente quer viabilizar cultura, informação e políticas para fortalecer o contato e o reconhecimento do povo LGBTQIAPN+ em Palmas”, arremata.

O Batuque Livre nasceu como um movimento que mistura festa e luta, um espaço político de resistência. Segundo Lucas, o coletivo busca fortalecer vínculos e acolher a diversidade:Estamos aí fazendo o movimento crescer, abraçando as famílias, e abraçando as causas.”

Leonardo Martins, que também é integrante do coletivo, reafirma que o Batuque Livre vai além dos dias de folia. “A gente criou esse coletivo exatamente para garantir espaço de cidadania e humanidade durante o Carnaval.  Também pensamos em expandir esse espaço para além do Carnaval, acessar outros locais da sociedade e garantir visibilidade, acolhimento, suporte e apoio para as pessoas LGBTQIAPN+ e também produção de cultura, de conhecimento, integrando aí as crianças, adolescentes e as famílias”, explica.

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

Vinculado ao Núcleo de Jornalismo (NUJOR), o Calangopress funciona como laboratório para as atividades práticas do estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi.