TAQUARUÇU SE MOBILIZA EM DEFESA DA HORTA COMUNITÁRIA

Especial Assessoria de Imprensa do Projeto ComViva

O Movimento Vida Viva Taquaruçu está mobilizado pela reforma e reabertura da Horta Comunitária do distrito, que funcionava na Casa de Farinha. Há quatro anos atrás a horta comunitária produzia hortaliças frescas e saudáveis para a comunidade, mas agora o local está abandonado e insalubre.

A Horta Comunitária ocupa uma área de 2.500 metros quadrados e os 44 canteiros com couves, alface, cebolinhas e coentro, rúcula e pimenta do reino, tomate cereja foram abandonados e hoje o que se encontra no local é um grande matagal.

“O que encontramos aqui atualmente é este abandono, estamos lutando para reinaugurar a horta comunitária de Taquaruçu que já produziu muita hortaliça fresquinha e saudável para a comunidade, além de ser fonte de renda para muitos pequenos produtores e moradores”, disse a arte educadora, brigadista, moradora do distrito e integrante do Projeto Vida Viva Taquaruçu, Juciely Rocha Santos.

O Movimento Vida Viva Taquaruçu tem alertado para a situação em que se encontra a horta comunitária e antiga Casa de Farinha. “É preciso ocupar os espaços coletivos e construir coisas boas para a coletividade, como a horta comunitária, que esteve aqui ajudando a população a se alimentar melhor, auxiliando a fomentar renda para os podutores que faziam este lugar ser lindo”, disse a professora do Curso de Teatro da UFT, Dani Rosante Gomes, moradora do distrito e integrante do Vida Viva.

UM PROJETO QUE CRESCE, FLORESCE E ALIMENTA

Cada vez mais pessoas buscam por uma vida mais saudável e promover alimentos para a população crescente é um objetivo da Agenda do Desenvolvimento Sustentável (ODS) que prevê que não exista mais fome até o ano de 2030.

No ano passado, no mês de julho de 2024, o projeto que autoriza que terrenos da União sejam doados para a comunidade implementar hortas comunitárias foi aprovado na forma do relatório da senadora Teresa Leitão (PT-PE).

O objetivo é contribuir para o abastecimento alimentar da população e para a conservação do meio ambiente, o projeto estabelece que os terrenos sejam cedidos apenas para famílias de baixa renda organizadas em associações, cooperativas ou sindicatos.

Nas áreas doadas será praticada agricultura orgânica e realizada a produção de mudas destinadas ao paisagismo urbano, mediante técnicas agroecológicas e observado o plano diretor do município.

HISTÓRIA DAS HORTAS COMUNITÁRIAS

As hortas comunitárias têm uma longa história, chegando a 100 a.C. até os loteamentos de Lands End (Inglaterra). Espaços com a finalidade de produção alimentar que surgiram no século XVIII para lidar com a pobreza urbana e se expandiram com a Primeira Guerra Mundial.

Durante e após a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, as “hortas vitoriosas” (victory gardens em inglês) foram amplamente difundidas e bem-sucedidas no aumento do abastecimento de alimentos no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Austrália durante os anos de austeridade. (Gowdy-Wygant, 2013).

A implementação da horticultura urbana ajuda a reduzir a pegada de carbono do sistema alimentar, pois não envolve o transporte de onde é cultivado para os centros de distribuição nas cidades.

Assim como Taquaruçu, muitas locais precisam se adaptar no sentido de se tornarem ambientes mais sustentáveis, com mais qualidade de vida e mais segurança alimentar para todos os seus cidadãos.

Em termos globais, estima-se que a procura alimentar irá crescer 70% até 2050 a fim de suprir as necessidades básicas da população mundial, que é de aproximadamente 9 a 10 bilhões de pessoas até metade do século atual (Korth et al., 2014).

Existe um imenso desafio para alimentar a crescente população, quel pode e deve ser vencido pela agricultura urbana e as hortas comunitárias são parte deste processo, prestam um excelente serviço a comunidade.

Parceria do CalangoPress e Projeto ComViva

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

Vinculado ao Núcleo de Jornalismo (NUJOR), o Calangopress funciona como laboratório para as atividades práticas do estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi.