Escola Bilíngue de Surdos mostra avanço das políticas públicas de acessibilidade no Tocantins 

A língua brasileira de sinais (Libras) é a primeira, o português escrito é a segunda. 

Por Samuel Cunha

Acompanhe a entrevista com a diretora Colégio Estadual Criança Esperança, Janaina Honorato

O dia 26 de setembro, foi escolhido “O Dia da pessoa surda no  Brasil”, oficializado em 2008, pelo decreto de lei nº 11.796, tendo por inspiração a data da fundação da primeira escola de surdos no país: o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro.

O Setembro Azul passou a ser o dia de conscientização a respeito da comunidade surda e para a diretora do Colégio Estadual Criança Esperança, de ensino bilíngue para surdos, Janaina Honorato, “é essencial incentivar a comunicação”. Para a diretora, “o que a gente precisa, nesse momento, é que se dissemine a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o conhecimento relacionado às pessoas surdas que precisam aprender para termos uma comunicação mais eficiente”, pontua.

Foto: Seduc – TO

No colégio há o diferencial do contato direto entre o aluno deficiente auditivo e o professor, nas turmas bilíngues as aulas são ministradas na língua brasileira de sinais, sem a necessidade de intérprete. “Os professores conhecem e aprendem, têm professores que são formados em letras-libras e também têm outra graduação para poder complementar as disciplinas”, explica a diretora. 

A Escola Bilíngue oferece a oportunidade de interação entre estudantes surdos e outros alunos não surdos, da mesma faixa etária, já que convivem juntos no espaço educacional.

FALTA APERFEIÇOAMENTO

Para Janaína ainda falta aperfeiçoamento profissional, mas ela crê que a sociedade ainda vai se desenvolver bastante no que se refere trato com as pessoas surdas: “eu creio que precisa haver aperfeiçoamento, e capacitação para servidores que atendem ao público, em geral que a qualquer momento pode atender uma pessoa surda, essa pessoa precisa estar capacitado para haver a comunicação”, pontua. 

O ponto de vista defendido pela diretora da escola bilíngue de surdos é que “ter a disciplina nas escolas faz com que essas crianças que vão estar daqui 10 anos no mercado de trabalho tenham o conhecimento sobre Libras; ela vai se comunicar, mesmo que não seja fluente”, finaliza.

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