Por: Gabes Guizilin

A exclusão de um estudante ingressado na UFNT (Universidade Federal do Norte do Tocantins) pelo sistema de cotas no começo do mês causou repercussões polêmicas nas universidades e redes sociais do estado. O aluno havia se identificado como pardo, mas a banca de heteroidentificação, que é a responsável por comprovar a etnia/raça para evitar fraudes, contestou a declaração.

A Justiça Federal no Tocantins exigiu ao Ministério Público Federal e ao TCU (Tribunal de Contas da União) um critério mais objetivo nos exames de cotas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo INEP, mais de 8,6 milhões de brasileiros estão matriculados em instituições de ensino superior. Contudo, somente 613 mil estudantes se autodeclaram pretos — representando 7,12% desse grupo.

Segundo o IBGE, 54% da população brasileira é negra. Para evitar a discriminação educacional, o Governo Federal estabeleceu as cotas raciais. No entanto, devido ao aumento de fraudes, o governo precisou adotar as bancas de heteroidentificação para validar as declarações.

O Prof. Dr. George França, presidente da banca de heteroidentificação da UFT, contou que o processo é de critérios fenotípicos, ou seja, físicos. “Esse método de identificação é usado no Brasil inteiro para validar a declaração dos candidatos”, relatou. O presidente também afirmou que o intuito da banca de heteroidentificação é justamente combater o racismo, não promovê-lo.

Deixe um comentário

Eu sou O
Calangopress

Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

Vinculado ao Núcleo de Jornalismo (NUJOR), o Calangopress funciona como laboratório para as atividades práticas do estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi.