Entrevista de Kamylla Xerente

O povo Xerente no Tocantins se concentra em Tocantínia, é identificado pelo ethos guerreiro, como assim o descreve o site pib, socioambiental. O contato com o não-indígena não foi capaz de alterar a identidade étnica deste povo e os conflitos entre os não-índios foram se atenuando ao longo dos anos, a ponto da Prefeitura de Tocantínia, sancionar a Lei que tornou a língua aquém, idioma oficial do município junto com o português.
O município de Tocantínia está a 98 km de distância por estrada de Palmas, em torno de 1 hora 49 m e é lá que se desenvolve o projeto de turismo em terras Xerente, que foi apresentado à Federação de Jornalistas e Comunicadores de Turismo do Brasil, Febtur, seção – TO, no dia 22 de maio, domingo, por Gilberto Srêwe Xerente.
Edição de áudio de Daniel de França





A comitiva, composta principalmente por jornalistas especializados em turismo, como Christina Hayne, do Pará, e Ivan Leyraud, de São Paulo, fizeram o primeiro tour de visitação, uma prévia do percurso nas aldeias Xerente em Tocantínia.
O circuito é formado por 12 aldeias, 9 estão localizadas na terra indígena Xerente e 3 aldeias na terra indígena Funil, que é a maior, com uma área de 16 mil (ha), com uma população de 348 indígenas, oficialmente demarcada pelo decreto 269 de 30/10/1991.
A região é de savanas, cercada por montes, grutas com pinturas rupestres, serpenteada pelos rios da bacia do Tocantins. Compõe a paisagem as praias de areias claras e água corrente, uma opção de diversão, atrativo para amenizar o calor.
O projeto ainda não saiu do papel, mas já foram demarcados o lugar onde serão construídos os alojamentos e as parcerias para os serviços de transporte e alimentação estão sendo realizados, como explicou Srêwe, cacique da aldeia Ipê Moriá, onde serão iniciadas as fases do projeto.
A verba no total de 150 mil reais é oriunda do Projeto DGM/FIP Brasil, que tem o objetivo de apoiar povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais localizadas no bioma cerrado. Foram apoiados 64 subprojetos em 10 estados brasileiros (BA, DF, GO, MA, MG, MT, MS, PI, TO e SP).
As iniciativas são diversas, além do turismo de base comunitária, estão outros como a reposição do cerrado com espécies nativas, recuperação de nascentes e áreas degradadas, produção agroecológica, apoio a pequenas agroindústrias, beneficiamento e comercialização de produtos da sociobiodiversidade do cerrado, vigilância e gestão territorial e ambiental, fortalecimento da produção artesanal, e fortalecimento institucional das organizações representativas e de apoio aos povos indígenas, comunidades quilombolas e comunidades tradicionais.








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