Aplicativo desenvolvido pela estudante de enfermagem da UNITINS auxilia no diagnóstico de hanseníase

Reportagem Izadora Porto

Edição de áudio: Taís Oliveira

No Tocantins, uma ideia inventiva se tornou um aplicativo para ajudar os portadores de hanseníase, chama-se E-Hansen, um App criado pela acadêmica de enfermagem na Universidade Estadual de Tocantins, Williane Pinheiro, 22 anos, e o seu orientador, Dennis Novais.

Não é novidade dizer que o sistema de saúde pública no Brasil enfrenta um grande desafio, desde a pandemia da Covid-19, várias doenças, já controladas como a hanseníase foram negligenciadas, assim E-Hansen foi desenvolvido, com a finalidade de auxiliar os profissionais no diagnóstico, no tratamento correto da hanseníase. 

Segundo Williane, não é fácil adquirir o diagnóstico da hanseníase, daí veio a motivação para criação do E-Hansen. O atraso no diagnóstico, é um grande obstáculo para redução da incidência da doença. “Inicialmente, a ideia foi implementada para a submissão do programa institucional de tecnologia da Unitins”, explica Novais, professor e orientador do projeto.

Alicativo E-Hansen, criado pela acadêmica de enfermagem Williane Pinheiro e o orientador, Dennis Novais.

Os criadores do E-Hansen esperam que o App colabore na redução do negligenciamento e banalização da hanseníase.  “O app contém recursos audiovisuais que descrevem os principais sintomas da hanseníase, o passo a passo da investigação clínica, além de fechar o diagnóstico”.

O aplicativo também indica o tratamento a ser realizado “oferece os guias do Ministério da saúde”, diz a estudante. 

O E-Hansen já está disponível na loja Play Store, apenas para o sistema android. No layout, o App contém ferramentas bastante acessíveis e didáticas,  também pode ser conectado em modo off-line, facilitando o acesso.

Dados da Hanseníase

A hanseníase – conhecida também como lepra -, é uma doença crônica e transmissível que é causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Embora um dos sintomas seja marcas na pele, além de ressecamento e perda de pelo, por exemplo, a infecção é transmitida pelo contato direto com as gotículas de salivas e secreções nasais. 

No Brasil, a hanseníase faz parte do grupo de doenças negligenciadas, dado que o país tem uma ocorrência maior em populações de baixa renda e também uma baixa qualidade em seu controle. Consequentemente, junto com a falta de preparo dos profissionais de saúde acerca da doença, o diagnóstico tardio se tornou comum para os pacientes. 

De acordo com os dados do Boletim do Ministério da Saúde, o diagnóstico de hanseníase diminuiu pela metade entre 2019 e 2020, em razão da paralisação que ocorreu nas políticas públicas que lidam com a saúde. Contudo, isso não altera a realidade do Brasil – segundo país com mais diagnóstico, ficando atrás apenas da Índia. No Tocantins, o cenário é parecido, muitos casos não são devidamente tratados, em razão da carência de identificação da bactéria.

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

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