VAMOS FALAR SOBRE POLÍTICAS DE PROTEÇÃO
Invadido pela sojicultura e pela especulação territorial para o agronegócio, a área corre risco de perder espécies nativas de fauna, flora e povos tradicionais
Fenelon Milhomem
Júnior Aires
Maloiri Xerente
A área relativa ao Cerrado brasileiro conta com uma intensa exploração predatória: inúmeros animais e plantas correm risco de extinção e estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas da região já não estão em áreas protegidas.
No Cerrado, a soja representa 90% (15,6 milhões de hectares) da agricultura do bioma. Para se ter uma dimensão, na safra 2013/2014, mais da metade (52%) da soja cultivada no Brasil estava concentrada na região.
A professora de escola indígena Isadora Pjêlhy Krahô, da aldeia Takawyrá em Lagoa da Confusão, acompanhou a live sobre a audiência das Águas do Cerrado, junto com alguns parentes, “o Conselho Indigenista Missionário, (CIMI) montou um painel aqui na igreja e a gente se reuniu para assistir as matérias da Itália, da Bahia, de Minas Gerais, contando o que acontece no nosso Cerrado”.
Para Isidória a maior parte dos remédios, provém do Cerrado, que é a medicina tradicional que cura de dentro pra fora.
O geógrafo Eguimar Chaveiro, pesquisador do Instituto de Estudos Sócio Ambientais da Universidade de Goiás, diz que não se pode falar do Cerrado, mas do mundo do Cerrado. Para ele “Não se entende o Brasil sem entender o Cerrado”.
Em São Paulo, a soja foi responsável por 10% do desmatamento ocorrido em duas décadas na América do Sul, indica estudo liderado por Matthew Hansen, da Universidade de Maryland, a pesquisa é uma colaboração entre cientistas de Estados Unidos, Brasil e Argentina.
O trabalho combinou imagens de satélite tiradas ao longo de duas décadas com observações feitas em terra para estimar quanto a sojicultura impactou diferentes tipos de vegetação no continente. O longo período estudado permitiu que fossem incluídas no mapa terras desmatadas primeiro para acomodar bois, e só depois convertidas em campos de plantio do grão.
Apesar de ficar atrás da pecuária bovina em áreas devastadas diretamente, o cultivo do grão teve papel central na dinâmica de especulação fundiária que incentiva o desmate: só no Brasil, o país com maior destruicão de biomas (notadamente Cerrado e Amazônia), dobrou o número de área dedicado ao plantio no mesmo período.
A professora de escola indígena Isadora Pjêlhy Krahô, da aldeia Takawyrá em Lagoa da Confusão, no Tocantins, acompanhou a live sobre a audiência das Águas do Cerrado, junto com alguns parentes, “o Conselho Indigenista Missionário, (CIMI) montou um painel aqui na igreja e a gente se reuniu para assistir as matérias dicutidas na Itália, Bahia, de Minas Gerais, contando o que acontece no Cerrado”.
Para Isidória a maior parte dos remédios, provém do Cerrado, que é a medicina tradicional que cura de dentro pra fora.
Vamos ouvir o podcast com esses dois defensores e amantes do Cerrado brasileiro, na entrevista de Fenelon Milhomem









Deixe um comentário