O representante indígena e o diretor do campus de Palmas analisam a situação presente
Maloiri Xerente, Calangopress, UFT, 07 de agosto de 2021, às 21h21,
Vivemos em tempos difíceis por conta da pandemia do Covid-19, neste exato momento, vários alunos em aldeias, zonas rurais, nas cidades, não conseguem uma conexão adequada, para finalizar os trabalhos do final do semestre ou para acompanhar as aulas pelo ensino remoto, por vários motivos.
Isak é acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, está no 9º período e é um crítico voraz do sistema de análise que a UFT adota para inserir os alunos nos programas de bolsas e nas cotas.

Para Isak a maior dificuldade dos alunos vulneráveis é a condição social, “são alunos pobres que precisam estudar, mas as vezes falta o que comer, falta um celular”.
Isak diz que veio de uma família humilde, não só ele como a maioria dos alunos indígenas que chegam para a UFT estão nessas condições.
Para Isak a bolsa permanência da Universidade, e a bolsa de R$ 900 do Governo Federal, para os alunos indígenas foram canceladas pelo MEC.
“As bolsas e os auxílios da Universidade, são burocráticos, acabamos perdendo os auxílios, eles estão indo para quem tem tudo a seu favor, os alunos de condição mais baixa é que deveriam receber, fossem indígenas, quilombolas, qualquer um é a necessidade que devia prevalecer”.
Izak acompanha as aulas através do celular e faz seus trabalhos em um computador emprestado de seus familiares.
Depois de se formar quer ajudar sua comunidade “quero trabalhar nas construções, a reorganização de aldeias, o saneamento básico, ser pesquisador de construção civil para melhorar o modo de vida nas aldeias”.
Também entrevistei o Diretor de Campus de Palmas, Eduardo Cezari, que explicou algumas das questões levantadas pelo acadêmico Izak Abrão.
Cezari disse que a UFT precisa ter critérios para evitar que o dinheiro público seja usado de forma incorreta.

Vamos ouvir a entrevista na íntegra no podcast







Deixe um comentário