O projeto foi idealizado pela associação EcoTerra com o objetivo de evidenciar a cultura de cada povo
Júnior Aires
A distribuição dos nomes das etnias nos terminais de ônibus de Palmas levou em consideração a distribuição geográfica dos territórios indígenas do estado. A estrutura das estações tiveram inspiração nas ocas indígenas e em sua forma, privilegiando a ventilação natural.
O presidente da Ecoterra, Fernando Amazônia, foi um dos idealizadores do projeto que considerou usar nomes de etnias indígenas nas estações. “Palmas é um local que foi construído em cima de uma terra ancestral indígena” e completa dizendo que “dar o nome indígena foi bem interessante como reconhecimento e valorização dos habitantes dessa terra”.
Na época, a EcoTerra fez a proposta para que cada terminal fosse utilizado também como uma memória de cada povo, contando sua história, cultura, economia e língua, através de textos e fotografias, mas não foi possível por falta de orçamento.
Em 2007 a ATTM (Agência de Trânsito, Transporte e Mobilidade) construiu cerca de sete terminais de ônibus em Palmas e a ideia da EcoTerra (Associação de Preservação Ambiental e Valorização da Vida) prevaleceu, foram homenageados os povos indígenas do Tocantins nos terminais de transporte coletivo da capital.
Segundos os levantamentos mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Tocantins há uma população estimada de mais de 14 mil indígenas, distribuídos em nove etnias: Xambioá, Javaé, Karajá, Xerente, Krahô, Krahô-Kanela, Apinajè, Avá-Canoeiro e Pankararu. Cada povo tem sua forma de preservação da língua e de suas tradições.

Confira no podcast abaixo o nosso bate papo com o presidente da EcoTerra, Fernando Amazônia:
Postado por Mateus Soares, estagiário Nujor
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