Por Isabela Leão

O projeto Carregador Ecológico do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Engenharia Ambiental quer que, futuramente,  a UFT vire um ponto de coleta de pilhas e baterias que comporte a demanda de toda a comunidade acadêmica e externa. Criado há 6 anos pelo PET, a finalidade do projeto é recolher pilhas e baterias na universidade.

Segundo o Professor Dr. Juan Carlos Serra, professor do curso de Engenharia Ambiental e tutor do PET da UFT, ainda há falta de informação sobre como proceder com esse tipo de lixo. “Todo mundo, de certa forma, pensa que as pilhas e baterias podem ser descartadas em lixo normalmente. Não fazem por mal, mas por falta de informação. Mas elas são um resíduo eletrônico perigoso, que descartado inadequadamente, pode contaminar a água, o solo, e a longo prazo até causar câncer”, diz ele.

O projeto Corredor Ecológico disponibiliza totens espalhados dentro do campus que foram construídos pelos estudantes a partir de tubos de canos descartados pela empresa de saneamento da capital, visto que não existem locais próprios para armazenamento desse tipo de material a venda no mercado. Até agora, já foram recolhidas quase meia tonelada de pilhas e baterias, que ficam armazenadas na universidade, em contêineres especiais também desenvolvidos pelos alunos, já que, em Palmas, ainda não existe empresa especializada na reciclagem correta desse material.

Segundo Serra, a reciclagem é feita apenas em São Paulo, e para transportar esse material, é necessário um caminhão protegido para que não ocorra vazamento. “Nós ainda estamos precisando de parcerias com empresas que façam o descarte correto dessas pilhas e baterias, porque não tem uma empresa que faça essa logística”, ressaltou. “Alguns órgãos já entraram em contato achando que a gente também reciclava, mas nós não temos como, porque não existe tecnologia na universidade para isso”.

Se você tem esse tipo de material na sua casa, não descarte junto com o lixo comum nem direto na natureza. Aqui na UFT os pontos de coleta de pilhas e baterias são: bloco B, bloco D, biblioteca e BALA 2.

É importante lembrar que aqui em Palmas existe um aterro sanitário – alternativa mais viável por prevenirem a poluição, a ocorrência de doenças, e serem tecnicamente pensados para que não ocorra a contaminação do solo nem das águas através de um sistema de tratamento do chorume -, o descarte incorreto de materiais tóxicos podem dificultar e até inviabilizar todo o esforço desses tratamentos.

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