Por: Alexandre Achcar
Os motoristas de aplicativo viraram moda recentemente. Primeiro vieram os utilitários para facilitar a chamada de um táxi, como o 99 e o Easy. Depois vieram app’s que permitiam a autonomia do motorista para trabalhar com o transporte urbano, como o Uber.
A Revolução com o gerenciamento autônomo de corridas trouxe a incansável demanda e crescimento deste mercado, depois, vieram app’s de entregadores rápidos; de comida como o Ifood a até de qualquer tipo de produto como o Rappi.
Algumas cidades e regiões aderiram o próprio sistema de aplicativos com a premissa de ter mais controle fiscal e de assegurar os clientes, por exemplo o Urbano Norte e o Tonolucro. Houve também aqueles que começaram a atualizar seus serviços acrescentando o motorista particular e o autônomo como opção do usuário, como o 99 táxi.
É complicado assegurar a margem de lucro que os motoristas tem com estes aplicativos, por isso não se pode definir se é realmente uma boa escolha para quem quer começar a trabalhar desta forma.
Marcondes (não quis se identificar) trabalha na área há 2 anos e passou por diversos apps diferentes. Hoje ele faz o seu serviço pela Urbano Norte e falou a respeito das dificuldades enfrentadas por quem está aderindo esta moda para ganhar dinheiro e se organizar financeiramente:
“Com o app hoje em dia só consigo pagar a despesa do carro, água e energia. E mesmo assim com o aumento da gasolina fica complicado trabalhar e sobrar dinheiro no final do mês. O app não é de todo ruim, mas se o que precisamos consumir para trabalhar fosse mais barato, tudo seria melhor.”
A fiscalização e a legalidade é um artificio complicado para quem está a serviço do aplicativo, por isso para Marcondes, está a grande preocupação:
“Somos legalizados pela prefeitura para trabalhar. Toda a documentação tem que ser entregue para começar a exercer as atividades, também precisa fazer um curso. Os únicos apps que são realmente aprovados pelo município é a Urbano Norte e a City Car.” Como em todo serviço e empresa, sempre há uma concorrência. Os clientes optam pelo preço mais baixo, segurança e conforto como em qualquer outro serviço ou produto. O motorista também disse sua opinião a respeito:
“Para mim não há concorrência, eu faço City Car e Urbano Norte. Já trabalhei com a Uber, mas saí por conta das altas taxas cobradas, em torno de 25% da corrida. O fato de haver mais segurança fiscal que em outros apps é o grande diferencial. Para mim as únicas pessoas que poderiam ser concorrências são os táxis, porém o nosso tipo de clientela é outra.”
Como qualquer outro negócio, há sua liquidez e valor bruto. O aplicativo pode sim ser uma boa opção para complementar ou até mesmo gerar toda a renda, é uma área crescente e cheia de oportunidades para quem quer começar, mas também cheia de despesas.







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