CIMI PROSSEGUE COM PALESTRAS NAS ESCOLAS ATÉ FINAL DO MÊS

Por Maloeri Xerente

Os missionários do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins continuam a realizar as palestras nasescolas públicas e particulares de Palmas, até o dia 30 de maio. Ontem eles estiveram na Escola de Tempo Integral Anne Frank em Palmas, falando sobre os povos indígenas do Estado e também dos povos de outros lugares do Brasil.

O missionário Jeovane Gomes Nunes trabalha junto os povos indígenas e sociedade não indígena, ele disse que “o Cimi vem fazendo essa parceria há 4 anos, um mês inteiro falando sobre determinado tema, este ano o tema a foi sobre a constituição federal de 1988”. Jeovane ainda ressalta que “para entender melhor do que falamos, questionamos, debatemos nas escolas e instituições parceiras do CIMI, é preciso ler o material da semana dos povos indígenas”.

O acadêmico indígena da etnia Pankará, faz o curso de Engenharia Civil da UFT, Igor Gonçalves de Sá, disse que “ é de suma importância os indígenas participarem dessas palestras, pois temos que falar da nossa cultura e das tradições que temos, e que poderia haver mais escolas com essa mesma iniciativa, assim saberem mais da nossa existência, porque hoje em dia também existem indígenas morando na cidade”

Igor também ressalta que “ para onde eu for, não deixarei jamais de ser indígena, posso usar as coisas de não- indígena, como roupas, calçados, usar a tecnologia como celular, notebook, e isso não me vai fazer menos índio, eu sou indígena com muito orgulho”.

O Cimi é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da igreja católica junto aos povos indígenas. O Cimi procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembleias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural. Existe há 30 anos nos Estados de Goiás e Tocantins.