Por Kamilla Smikadi
Madeiras que se encontram na reserva indígena do povo Xerente estão sendo vendidas e
compradas ilegalmente pelos não indígenas.

O território do povo Xerente fica próximo ao município de Tocantínia – TO, localizada à direita do Rio Tocantins, a 70 quilômetros ao norte da capital de Palmas. Atualmente há um pouco mais que três mil índios distribuídos em 57 aldeias. O total da população indígena Xerente é a maior entre os povos indígenas no Estado do Tocantins.
A grande parte dessa reserva é composta por mata virgem, árvores preservadas e cuidadas principalmente pelos próprios habitantes, nós indígenas. No final de 2018 para o início deste ano de 2019 houve muitas reclamações de alguns membros das aldeias de que estava havendo comercialização, compra e venda ilegal de madeiras.
Inúmeras árvores estão sendo derrubadas e vendidas para os não indígenas que chegam de caminhão grande nas aldeias para comprar. Eles entram na reserva sem nenhuma autorização e licença e carregam as madeiras extraídas.
Membro da aldeia Santo Antônio, Sidney Xerente se sente indignado com essa situação, ele relata ter visto um caminhão cheio de madeira passando na estrada próximo a sua aldeia, Sidney complementa que fica muito triste e frustrado ao ver essa situação e não poder interferir na hora.
No momento ainda não houve denúncia, mas os demais responsáveis pela reserva indígena já estão por dentro do caso. Nós indígenas queremos justiça porque isso não pode continuar assim, essas compras e vendas devem ser evitadas, mais tarde isso irá trazer grandes consequências e prejuízo para a nossa população indígena que habitamos nessa área.
Ainda não se sabe exatamente quem são as pessoas que fazem essa venda para esse pessoal. A FUNAI ainda deve investigar o caso para tomar medidas cabíveis. Todos nós estamos preocupados porque as árvores fazem parte das nossas vidas, por isso a natureza é respeitada e preservada por todos nós.






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