Por Bruna Santos

A “Feira das Manas” organizada e composta somente por mulheres de Palmas teve sua primeira exposição realizada no dia 19 de janeiro desse ano. Considerada como um mercado alternativo, a feira ocorre de 15 em 15 dias, sua atividade é itinerante, portanto, ocorre em diversos pontos da capital.

A iniciativa de promover a feira surgiu a partir de um grupo de mulheres no facebook “Indique uma mana”, onde várias participantes faziam indicações de trabalhos realizados por outras mulheres. O grupo também servia para que as integrantes divulgassem trabalhos de produção manual produzidos por elas mesmas e foi a partir da divulgação desses produtos que o grupo decidiu se reunir para promover a feira de exposição.

O coletivo é composto por 30 mulheres expositoras e 6 integrantes que compõem a organização. Letícia Câmara, uma das organizadoras da Feira das Manas, comenta sobre o objetivo principal do grupo e a importância da feira, “o nosso foco maior é ter em Palmas um local aonde a gente possa vender nossos produtos, expor para as pessoas conhecerem e saber que a gente existe. A importância da feira é dar para essas mulheres, a oportunidade de ter a própria independência e ter um equilíbrio financeiro melhor”, afirma Letícia.

A organizadora enfatiza ainda, a heterogeneidade do coletivo, por se tratar de mulheres com religiões e situações financeiras diferentes umas das outras, fator que não atrapalha o relacionamento do grupo. “Existem mulheres das mais diferentes classes intelectuais, financeiras, religiosas e nada disso impede de trabalharmos juntas. E o espírito da feira é exatamente esse, uma incentivar a outra”, completa.  

Jéssica de Paula, 22 anos, é uma das integrantes da feira onde expõe peças de criação própria, cujo designers carregam a identidade das mãos de quem as produzem. “Muamba Risoflora”, nome dado ao brechó de Jéssica e sua sócia Karoline, tem peças com variedades retiradas de garimpos realizados em Palmas e São Paulo, itens que valorizam ainda mais o trabalho feito pela equipe

“As nossas peças do brechó são garimpadas e algumas são customizadas com ideias próprias. Há todo um trabalho para que se chegue nas araras. A gente seleciona, vê possibilidade do que fazer com as peças, lava, tira foto, faz combos”, afirma Jéssica, que completa afirmando que “a Feiras das Manas tem tudo a ver com a identidade do brechó, levando ideia de empoderamento e valorização do trabalho realizado, na feira tem um intercâmbio de produtos/serviços, onde a gente troca divulgação, ideias e faz uso de produtos umas das outras”, finaliza.


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