Por Sarah Melisa

Quem gosta de cuidar do jardim ou plantar sua própria horta constantemente precisa de adubo, um produto caro e geralmente sintético. Uma boa opção para quem quer economizar e ainda diminuir o impacto ambiental é a compostagem.

Foto: Sarah Melisa – Processo de compostagem

Esse processo gera dois tipos de adubo, o sólido, que é o húmus produzido pelas minhocas e o líquido que é o fluido resultante do processo de decomposição. Ambos podem ser utilizados nos jardins domésticos e hortas. “eu produzo bastante adubo, o que eu não uso no meu jardim eu doo para os vizinhos”  diz a enfermeira Gilmara Reis, que composta seus resíduos orgânicos há um ano.

A compostagem é uma técnica de reciclagem de matéria orgânica que transforma restos de alimentos, podas de jardim, folhas e outros materiais em adubo. Este processo é de extrema importância para  reduzir os impactos ambientais causados pelo descarte do lixo.

Compostar é uma forma de devolver os resíduos orgânicos à natureza, reintegrando seu ciclo natural, além de diminuir o volume de lixo que vai para os aterros sanitários. O engenheiro ambiental Lucas Chiabi, fundador do Ciclo Orgânico, empresa que trabalha com compostagem no Rio de Janeiro, afirma que “a compostagem é importante para evitar que os resíduos orgânicos cheguem nos lixões e aterros e impactem negativamente o meio ambiente. Em contrapartida ela contribui para a produção de adubo e incentiva a agricultura urbana”.

Compostagem diminui o impacto ambiental do lixo e diminui custo com adubo

Hoje, de acordo com o ministério do meio ambiente,  cerca de 55% do lixo produzido no país é composto por resíduos orgânicos, que ao serem destinados a  aterros e lixões, sofrem soterração e são misturados a outros tipos de resíduos, impossibilitando sua biodegradação. Este processo gera gás metano, responsável pelo efeito estufa que é 23 vezes mais destrutivo que o gás carbônico e chorume, um líquido tóxico que contamina o solo e as águas.

De acordo com Bonfim dos Santos, diretor de assistência técnica da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), o chorume gerado nos aterros é tóxico devido à presença de vários tipos de resíduos diferentes juntos. Segundo ele, o chorume derivado da compostagem feita com minhocas não é tóxico porque as minhocas ajudam a decompor a matéria orgânica.

Aqui na capital a Seder realiza um trabalho de compostagem dos restos de folhas e árvores derivados da jardinagem urbana. Porém, apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determinar que é de responsabilidade do município,  pela secretaria de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos a implantação de um sistema de compostagem, a prefeitura de Palmas não disponibiliza tal serviço para a comunidade.

Uma opção para o cidadão palmense é fazer a compostagem doméstica. “compostar é muito simples, faz parte do meu dia a dia e me faz sentir bem por fazer a minha parte para reduzir o lixo no aterro” afirma Gilmara. Para compostar em casa é necessário usar uma composteira, que tanto pode ser feita em casa com caixas plásticas como pode ser comprada pronta.

Outra opção é contratar um serviço particular de compostagem, os resíduos são recolhidos em casa, compostados e o adubo resultante do processo é devolvido já pronto para ser utilizado.

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

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