Estado do Tocantins conta com  apenas com o CAPS AD para tratamento de dependentes químicos nos casos de emergência, mas sem internação.

Por Mírian Boechat Soares

CAPS ainda é a única opção do Estado para tratamentos de dependentes químicos

O carnaval é uma festa pagã que estimula muito o consumo de álcool e drogas, nesse período as pessoas vítimas de dependência química estão mais vulneráveis e o Estado só conta com o CAPS AD para atender a demanda.

Não é segredo que a luta contra a dependência química no Brasil não está fácil de vencer. No Tocantins o Estado ainda não têm opções para o tratamento de dependentes químicos e para atender a demanda o Estado tem investido na técnica de “redução de danos”, que atualmente é desenvolvida pelo CAPS AD e visa tratar o dependente químico, sem internação.

O orçamento Estadual do ano de 2018 designado ao tratamento da dependência química foi de R$ 3.408 milhões, onde parte seria atribuído ao edital de chamamento público para capacitação da rede de tratamento e acolhimento do dependente químico, no valor de R$ 600 mil e parte para o pagamento de vagas sociais em Comunidades Terapêuticas credenciadas no Conselho Estadual sobre Drogas do Tocantins, no valor de um milhão de reais. Atualmente, o Tocantins conta com (1) CAPS ADII Augustinópolis e um (1) CAPS AD II em Araguaína e há também (3) CAPS ADIII em Colinas, Gurupi e Palmas.

O CAPS AD – Centro de Atendimento Psicossocial – Álcool e Droga oferece tratamento gratuito, com acolhimento, medicações, tratamento psicológico, lazer, cursos educativos entre outros tipos de atividades para a recuperação do dependente. O objetivo da instituição é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários, porém, sabemos que esse tipo de tratamento necessita de internação e isso o CAPS, ou melhor, o Estado ainda não oferece.

O problema da falta de uma instituição que ofereça o tratamento completo com internação dos dependentes químicos, tem gerado aumento nas estatísticas de dependentes e o agravamento da doença.

Na época de carnaval as circunstâncias são favoráveis para a perda de controle das pessoas que seguem em tratamento, aqueles que conseguem atendimento ou internação numa comunidade terapêutica estão protegidos, os que dependem do CPsAD tem maiores riscos de recaídas.  


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