Projeto é uma parceria entre a Universidade Federal do Tocantins e a Prefeitura Municipal de Palmas

Por Cristiano Fritz

A creche infantil para filhos de servidores e acadêmicos da UFT pode ser viabilizada ainda este ano, segundo disse o professor Eduardo Cezari, vice diretor do campus de Palmas. O projeto que prevê parceria entre a Universidade Federal do Tocantins e a Prefeitura Municipal de Palmas conta com a disposição de ambas as partes reafirmadas recentemente nas pessoas da vice Reitora, Dra Ana Lucia e da prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro.

O professor Cezari, se deparou com o projeto ainda em 2015, quando era coordenador do curso de pedagogia e desde então trabalha para viabilizar o mesmo.

O espaço será compartilhado com a Universidade da Maturidade UMA, localizada dentro das dependências do campus em Palmas, que dispõe de salas disponíveis para receber o projeto. Uma vez destinado o espaço, o convênio volta a ser discutido com a prefeitura de Palmas para que ali se estabeleça uma extensão de um CEMEI.

Segundo a professora Neila Osório, coordenadora da universidade da Maturidade “o espaço kids Tarcila”, nome que ela atribui ao projeto, “é uma realização do colegiado de pedagogia em parceria coma Universidade de Maturidade. A nossa proposta é realmente a intergeracionalidade, teremos formação entre as gerações e os acadêmicos da UMA irão participar totalmente da proposta didático pedagógico na educação intergeracional deste espaço”.

A UFT ficará responsável pelos custos de implantação e adequação da estrutura e o munícipio com os profissionais e projeto didático. O projeto prevê inicialmente 200 vagas, com focos prioritariamente para filhos de servidoras e alunas do campus de Palmas, eventuais vagas remanescentes passarão a ser ofertadas para a comunidade.

Muita expectativa também existe com a possibilidade de diversos cursos da UFT, tais como pedagogia, teatro, nutrição, medicina, filosofia, dentre outros poderem mediante convênios secundários promover seus conhecimentos em forma de estágios.

Para Cezari, a licença maternidade da arquiteta responsável pelos projetos da rede municipal, atrasou a viabilização do mesmo, uma vez que sem ele não é possível orçar a obra em questão e desta forma também não se consegue empenhar seu respectivo valor, tão pouco iniciar a licitação para sua execução.

Kamila Barros, acadêmica do quinto período, do curso de Jornalismo da UFT, disse que ao chegar  atrasada ou sair  mais cedo foi penalizada e advertida por uma professora ainda no primeiro semestre e que quase a levou desistir do curso. “Se existisse a creche eu teria onde deixar meu filho no mesmo horário de aula”.

Luana Nunes, técnica administrativa da UFT, lembra que o projeto foi discutido antes mesmo de ela se tornar mãe, a filha da técnica já completou 4 anos e que sua rotina dentro da universidade realmente sofre influência por esta falta da creche dentro da instituição. “Atualmente meus dois filhos se encontram matriculados em unidades distintas do CEMEI e os horários de entrada e saída deles acabam por influir em sua rotina profissional”.

A professora e coordenadora do curso de Jornalismo, Alice Agnes, não teve a mesma sorte que Luana, tendo de confiar seu filho a uma unidade particular de ensino no período da manhã, já durante à tarde, quando ela também demanda estar na universidade, já aconteceu de ter de trazer o filho, e que isto não se mostrou uma boa solução. “Nossa rotina dentro da universidade tem horários inconstantes e a possibilidade de uma creche aqui dentro traria grande tranqüilidade para nós, sobre tudo por estar perto de nossos filhos”.

A iniciativa é esperada por muitas mães que são alunas, funcionárias e professoras, que seriam beneficiadas e que convivem com os desafios da maternidade da vida acadêmica além do trabalho externo.

 

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