Por Léia Pires

No centro do país nascia em 1988, um novo estado no mapa do Brasil, o Tocantins, que completou 30 anos, no dia 5 de outubro. Desmembramento de um já existente, o Goiás. O Tocantins está
Localizado na região norte do país e possui 139 municípios e ao centro está localizada a Capital, Palmas.
Hoje, a população de 1,550 milhões de habitantes, que se concebeu de várias etnias oriundas de outras localidades, tem a sua própria identidade cultural. Mas qual é essa identidade? O que faz ser tocantinense?
A história de criação do Estado conta com sonhos de pessoas que procuravam por melhores condições de vida, já que o Tocantins surgia com oportunidade e novas perspectivas para os brasileiros de outros estados. A pedagoga Maria Aparecida R de Oliveira, é tocantinense e veio de Arraias para a capital há 13 anos. Ela é professora no Colégio Augusto dos Anjos.
“Sei dizer que ser tocantinense é saber suportar o calor escaldante, valorizar as belezas naturais e as tradições deste Estado”, Maria Aparecida.
O catarinense, professor, jornalista e escritor Wolfgang Teske está há 34 anos norte do país, no Tocantins a quase 30 anos e veio para encarar um desafio. “Vim para a construção e implantação da universidade Ulbra, depois segui para a iniciativa privada, me tornei empresário, mas me estabilizei como professor”, disse Teske.
Em dezembro de 2017 o educador recebeu o título de cidadão tocantinense em reconhecimento e comprometimento com o desenvolvimento do Estado.
“Me sinto honrado como tocantinense mesmo sem ter nascido aqui, com esse título posso dizer que sou um tocantinense comprometido com esse estado e por isso continuo morando aqui trabalhando e lutando em prol da defesa dos direitos humanos da educação da cultura e com o desenvolvimento do Estado do Tocantins eda capital Palmas”, Wolfgang Teske.
A goiana Elizabeth Rodrigues, conhece o Tocantins desde 1985, foi quando os pais decidiram se mudar para o Tocantins. Ela tinha 11 anos. Seus pais estabeleceram residência na cidade de colinas, lá montou um açougue e uma lanchonete que se transformou num supermercado, ficaram por lá até o ano de 1990. Hoje Elizabeth é arquiteta e funcionária pública da prefeitura de Palmas.
“Morar no Tocantins hoje para mim imprime mais oportunidade profissional, belezas naturais, vida menos tumultuada que os grandes centros urbanos… Ainda temos menos violência que a maioria dos estados e não posso esquecer de algo que nunca me acostumei, o calor”, Elisabeth Rodrigues
Grandes empresas nascidas no Tocantins ou até mesmo multinacionais instaladas aqui por verem um potencial de crescimento econômico muito promissor, fazem história dentro do estado e ajudam a girar e aumentar a economia. A farmacêutica e empresária, Marília Aires reconhece que a sociedade tocantinense se originou sim, de outras culturas.
“É um estado novo, e essa novidade despertou expectativas nas pessoas em busca de melhores condições de vida. E isso acontece até hoje. Empresários e grandes fazendeiros puderam melhorar seus negócios, quem teve esse “start” pôde aproveitar as possibilidades. Essa
Variedade de cultura se deu pelo interesse de pessoas de outros estados que trouxeram na bagagem suas histórias que é a soma do que temos hoje”. Marilia Aires
A cultura do Tocantins, assim como todo o país, é reflexo de uma miscigenação que hoje agrega valor de identidade social e cultural e podem ser vistos em diversas atividades, como o trabalho artesanal produzido com o capim dourado, com uso de técnicas originárias dos indígenas. As festas religiosas, como a do Divino Espírito Santo, os cantos populares, compõe um mosaico cultural, um Estado rico em manifestações que são seculares.
Muitas histórias nos remetem às comunidades quilombolas que também fazem parte da construção do Tocantins, um Estado que une o Brasil de norte a sul do Brasil, e essa mistura entre grupos sociais expressam um retrato daquilo do que o Tocantins se constituiu.
“Acredito que tocantinense é aquele que acredita no estado no potencial do Estado e que ama a terra pelo que ela apresenta. Pelas suas belezas, pela natureza, pelas riquezas que tem aqui e pela possibilidade de uma vida melhor mais tranquila porque o Tocantins, ainda tem uma boa qualidade de vida. Ainda estamos longe daquele inferno, que eu chamo de inferno a céu aberto, dos grandes centros do pais”. Ana Estela Ferreira.






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