Monique Lemos

As eleições para a direção do Câmpus de Palmas ocorrerá no próximo dia 11 de abril, com duas chapas concorrendo. Conversamos com a candidata da chapa 2 – Em nome do Câmpus,  Marluce Zacariotti, para saber mais detalhes sobre suas propostas com relação a  acessibilidade de deficientes.

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Marluce Zacariotti, candidata para direção do câmpus de Palmas.

Quais são as suas propostas para melhorar a acessibilidade de cadeirantes, cegos, autistas, os deficientes físicos?

Nossa proposta é reestabelecer a Coordenação de Acessibilidade e Educação Inclusiva da Câmpus de Palmas. Essa coordenação deverá trabalhar junto com cada Colegiado de Curso. A ideia é ter os dados dos estudantes com alguma deficiência (Nome, matrícula, telefone, e-mail, Curso e deficiência informada), para que possamos antecipar o atendimento necessário, tanto no tocante aos aspectos pedagógicos, às tecnologias assistivas, intérprete de libras, espaço físico e infraestrutura.

Quais  funções essa coordenação assumirá?

Essa coordenação deverá ainda providenciar monitores específicos para os alunos, de acordo com suas demandas e especificidades, bem como preparar material em Braille ou disponibilizar juntamente com os docentes dos Cursos, em que existam alunos cegos, materiais em formato Word ou PDF que possam ser lidos pelos programas gratuitos de leitores de tela.  

Essa Coordenação terá ainda a responsabilidade e missão de criar uma Cultura de acessibilidade no Câmpus, a qual, infelizmente, ainda não existe.  A principal barreira em termos de acessibilidade ainda é a barreira atitudinal e só com uma cultura forte de acessibilidade e inclusão é possível romper essa barreira.  

Quais são as dificuldades enfrentadas para se concretizar melhorias na estrutura?

As principais dificuldades dizem respeito a recursos econômicos e também de pessoal, mas iremos buscar parcerias com os setores públicos do município e do estado, os quais já possuem uma política de acessibilidade e inclusão bem adiantadas.

Como você pensa em conseguir esses recursos?

Vamos buscar emendas de bancada para uma modernização do câmpus, que envolve aspectos estruturais, pedagógicos, ambientais, de convivência, saúde e bem-estar. Aí estão incluídas  questões de acessibilidade. Temos o Programa VIVER SEM LIMITES do Governo Federal, o qual disponibiliza recursos para fins de acessibilidade. Iremos buscar esse recurso junto à Gestão Superior da UFT.

Como os alunos com deficiência recebem apoio pedagógico e psicológico para obter melhor aproveitamento do curso?

Hoje a Instituição UFT conta com o PAEI – Programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva, o qual é responsável por pensar as Políticas de Acessibilidade da UFT. Mas, infelizmente não temos tido a atenção necessária para essa demanda. O Câmpus de Palmas tinha  um setor de acessibilidade, mas a última informação não oficial (oficialmente nada foi publicado) é que os dois intérpretes de Libras que o Câmpus tem estão alocados no mesmo espaço físico do PAEI.

Isso não é o bastante?

Precisamos que a Reitoria tenha sua política de acessibilidade e que o Câmpus não se isente da sua responsabilidade no atendimento aos alunos.   Não há, atualmente, um setor específico para atender psicologicamente os alunos com alguma deficiência. Hoje o Câmpus dispõe de um setor de apoio psicopedagógico a todos os estudantes, independentemente de qualquer deficiência declarada. Ou seja , os cursos estão recebendo os alunos com deficiência e não têm apoio adequado nem pedagógico e nem de infraestrutura para lidar com esses alunos.

Qual e a sua sugestão?

Por isso vamos restabelecer esse setor no câmpus, mas buscando parceria  e envolvimento de vários cursos da área de saúde, do curso de psicologia de Miracema para desenvolver um programa de inclusão e de assessoramento que de fato funcione.

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Um Projeto de Pesquisa e Extensão idealizado para as atIvidades práticas de reportagem, produzido com a participação dos acadêmicos do curso de jornalismo da UFT.

Vinculado ao Núcleo de Jornalismo (NUJOR), o Calangopress funciona como laboratório para as atividades práticas do estágio, supervisionado pela Prof. Dra. Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi.