Jéssica Sá

Da Redação

A audiência pública ocorrida na quinta – feira, 15, em defesa das nascentes do Ribeirão de Taquarussu Grande contou com o apoio da Rede Eclecial Pan –Amazônica (Repam), somado a presença de alguns movimentos sociais: Conselho Indigenista (cine), Movimentos Atingidos por Barragens (Mab) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (Mst).

O principal foco do debate foi a poluição da água pelo uso excessivo de agrotóxico próximos às nascentes, já que o ribeirão é também responsável pelo abastecimento de água na Capital.

Gritos e cartazes em forma de protesto chamaram atenção “Tanta água, tanto veneno”, “O ribeirão Taquarussu quer viver, respeite! “, serviram de alerta aos vereadores e a população.

Foto protesto
Concentração na Câmara de Palmas – Foto: Jéssica

Além da contaminação nas nascentes, existem outras irregularidades, por exemplo, a construção em APP [Área de Preservação Permanente], a retirada de água sem autorização e o desmatamento. Para o Padre Aderso, fundador e presidente do instituto “Quem diria” localizado em Taquarussu Grande km 11 na TO 020, há um grande número de desmatamento que preocupa os moradores.

“Nós temos outro desafio, que é a quantidade de gente que está represando a água para fazer piscina no leito do rio, está cimentando o Rio, sem nenhuma fiscalização do município muito menos do Naturatins”.

Captação de água em Taquaruçu
Mangueiras para captação de água próximo a chácara Maanaim – Sibapa  FOTO: Paulo Galeno

Durvalina Vieira Lima da Silva, mora no km 09 da TO 020 Chácara Recanto Peniel e reside na região há nove anos, ela declara haver carência na forma de fiscalização dos órgãos competentes. “Minha indignação é a fiscalização, só vem quando um pequeno agricultor limpa para plantar alguma coisa, enquanto os que fazem balneário eles não estão nem aí. Cada ano temos menos água no rio, nem enchentes deu mais, enche e diminui logo depois. ”

De acordo com o assessor de comunicação da Naturatins, Alvaro Vallim, existem projetos em parceria com a prefeitura para a fiscalização. “Temos convênio com a Prefeitura de Palmas, que tem autonomia para fiscalizar empreendimentos e propriedades. O Naturatins em geral atende a denúncias e vai ao local que foi denunciado, verifica se tem ou não licenças ambientais e, se não tiver, o proprietário pode ser multado”.

O valor da multa varia e depende do dano ambiental, podendo chegar até R$ 50 milhões, que é o valor máximo das multas atualmente.

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